O filme "50 Tons de Cinza" terá sua estreia mundial no 65º Festival de Berlim, em 11 de fevereiro de 2015. A narrativa é toda inspirada no best-seller homônimo escrito por E.L. James e a história adapta o volume inicial da trilogia conhecida como "pornô para mamães". O filme, que no Brasil entra em cartaz no dia 12 de fevereiro, é baseado no primeiro volume da trilogia. A história retrata o início do relacionamento entre uma "ingênua" estudante de literatura, Anastasia Steele (Dakota Johnson), e um rico, misterioso e dominador empresário, Christian Grey (Jamie Dornan).
A trilogia erótica ficou famosa por abordar temas sexuais pouco conhecidos. O ambiente sexualmente quente entre Anastasia e Grey aguçou a curiosidade de mulheres e homens sobre o universo BDSM (sigla para Bondage, dominação, sadismo e masoquismo), o que fez com essas práticas sexuais, entendidas como estranhas, ganhassem mais visibilidade e aceitação na sociedade. Na avaliação da consultora de autoestima, sensualidade e motivação para mulheres, Fernanda Pauliv, a trilogia desafiou as mulheres a repensarem sua vida sexual e a se desafiarem a explorar novos horizontes trocando o "não" ou "sim" absolutos por um sugestivo "talvez".
"Antes de serem convidadas a entrar no Quarto Vermelho de Christian Grey e de se surpreenderem com a forma como a narrativa as excitou, palavras como sadomasoquismo ou BDSM faziam parte dos "nãos" e agora certamente já estão no mínimo no campo do "talvez", do "quem sabe um dia". O chamado "pornô para mamães" instigou as fantasias e reconectou muitas mulheres com sua sexualidade frequentemente abandonada em prol da dedicação com a casa, marido, filhos e vida profissional. A consequência foi um aquecimento ainda maior no mercado erótico, com vendas não somente de algemas, chibatas, máscaras e lingeries mais ousadas, mas de tudo o que possa trazer a sensação de novidade e aventura, bem como para revigorar a intimidade, o prazer e o desejo do casal", explica Fernanda.
O problema do livro, opina a personal sexy do Labareda Boutique, Karina Brum, é que Grey apresenta para Anastasia este universo erótico de uma forma direta e fria, sendo que o recomendado é ir devagar. "O personagem Christian Grey é um dominador em todos os campos que tenta de forma mais "direta e fria" apresentar seu universo sexual a uma mulher que ainda não conhece os prazeres eróticos da vida. Só que a personagem Anastasia, nem tão fictícia assim, é uma pessoa romântica, inocente e totalmente virgem que procura um relacionamento. Os acessórios são mostrados a ela de forma direta. E o que sempre dizemos para ambos os sexos é realmente ser objetivo quando o assunto for sexo com acessórios, mas o indicado neste caso é ir devagar", pontua Karina.
Por isso, o casal que deseja se inspirar nas brincadeiras apresentadas por "50 Tons de Cinza" deve ser cúmplice e estar na mesma sintonia para poder incluir apetrechos eróticos na vida sexual. "O uso das famosas bolinhas de aço (as de silicone são melhores de se manusear), vibradores, chicotes, palmatórias, plugs, chibatas e afins, exigem conhecimento, destreza e habilidade por parte da pessoa que manuseia os objetos. Se forem utilizados de forma descuidada, com certeza não deixarão boa impressão, O respeito e a intimidade gera conforto aos vários níveis BDSM. Casais bem informados e com bom nível de intimidade e cumplicidade saberão aproveitar esta onda de calor devastadora que o filme trará", reforça a personal sexy.
No livro, Grey traz ainda uma lista para Anastasia, do que gosta e do que não gosta no sexo. Claro que não é interessante levar isso ao pé da letra, não sendo tão direta. Mas essa questão passa pelo diálogo e cumplicidade do casal. Fernanda Pauliv explica que é importante os parceiros saberem que tipo de coisas o outro gosta de ouvir e fazer. Para isso, nada melhor do que ser direto e perguntar. "A linguagem erótica é importante para manter ambos sempre dispostos para o sexo. É fundamental que consigam comunicar o que estão sentindo, o que desejam e também o que não gostam, tudo de forma sensual", opina a consultora de autoestima.
A fisioterapeuta e educadora sexual Débora Pádua afirma que as fantasias e fetiches que passam pela cabeça das mulheres que se encantaram com o best-seller podem levantar qualquer relacionamento. Para a educadora sexual, a mulher deveria seguir mais suas vontades e não achar que será julgada na cama pelo seu parceiro. "A epidemia que virou este livro só mostra as vontades vetadas das mulheres e não me refiro ao sadomasoquismo, mas sim à entrega aos desejos", completa.
VENDAS E MASSAGENS!
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