quinta-feira, 18 de junho de 2015

Juiz que irritou Neymar já foi agredido, deixou expulso jogar e admitiu erros

Neymar reclama por ter recebido amarelo de Enrique Osses

Enrique Osses, de 41 anos, é um dos árbitros mais experientes do futebol sul-americano. Mas toda a bagagem apitando jogos importantes não lhe deixa fora das polêmicas. Pelo contrário: o chileno tem em seu histórico casos de confusões, agressões sofridas e até problema com cartões durante as partidas.


Osses foi o responsável por apitar Brasil 0x1 Colômbia, no Estádio Monumental, em Santiago, na última quarta-feira, e expulsar Neymar já depois do apito final. O atacante, que atingiu Pablo Armero ao dar um chutão com a bola e se estranhou com Carlos Bacca, se irritou por ter recebido um amarelo em uma chance na qual a bola tocou seu braço.

"Tem que usar as regras contra mim. O cara limpou a espuma e não tomou amarelo, eu tomo. A bola pegou na minha mão, tomei amarelo. Coloca juiz fraco pra apitar, acontece isso. Não me tirou do sério, não. Só fico puto com os árbitros que não apitam direito. Vou falar o quê? Já foi, aconteceu. Comigo acontece de tudo. Essas coisas têm que ser vistas", falou o jogador do Barcelona nos vestiários.


As reclamações contra o árbitro chileno também aconteceram por parte do técnico Dunga e do meio-campista Elias, que citaram sua atuação em Corinthians x Guaraní-PAR pela volta das oitavas da Libertadores deste ano, quando ele expulsou dois atletas alvinegros - Jadson e Fábio Santos.

Na carreira, Enrique Osses ficou conhecido ao apitar o jogo Barcelona-EQU x Nacional-URU da Libertadores em 2013 e dar dois cartões amarelos ao zagueiro Alejandro Lembro, mas não expulsá-lo. Ele permaneceu ainda cinco minutos em campo antes do juiz perceber o erro.


O árbitro já foi agredido há dez anos, em 2005, durante um jogo do Campeonato Chileno, quando expulsou o goleiro Ignacio González, do Unión Española. O argentino já vinha discutindo com ele durante a partida e levou um amarelo por reclamação, até que Osses correu do meio-campo até a área com o vermelho na mão.

González partiu para cima e deu um empurrão na região do peito, o que fez o juiz ir chão. Posteriormente, o goleiro foi suspenso por 22 jogos.

Enrique Osses durante a final São Paulo x Tigre da Copa Sul-Americana de 2012.

Enrique Osses também era a maior autoridade na final da Copa Sul-Americana de 2012 entre São Paulo e Tigre-ARG no Morumbi, quando os jogadores argentinos acusaram policiais de agressão no intervalo. A equipe visitante disse que o árbitro foi testemunha dos incidentes, mas que na súmula da final não os colocou, e o time tricolor acabou declarado campeão.
No ano anterior, na decisão do Apertura chileno, a Universidad de Chile goleou por 4 a 1 a Católica, e os atletas do time perdedor quiseram agredir o juiz, criticado por dar dois pênaltis para La U e ter expulsado dois jogadores cruzados. O volante Francisco Pizarro de fato conseguiu, acertando um pontapé, conforme o próprio Osses revelou.
Em 2008, novamente com a Católica envolvida: a equipe perdia por 3 a 1 para o Colo-Colo, e elenco e comissão técnica foram tirar satisfação com o árbitro, dizendo que ele estava favorecendo os rivais. Como resultado, a UC ficou com quatro jogadores a menos, e a vitória acabou com os caciques.

Uma vez, Enrique Osses admitiu erros. E todos em uma final do Chileno.

A Universidad de Chile se sagrou tricampeão nacional com a vitória sobre o O'Higgins na disputa do título do Apertura de 2012, e o apitador reconheceu que "têm alguns erros que foram objetivos e outros que amplificou a imprensa para gerar polêmica".
"Evidentemente o pênalti que cobrou Marino é o erro mais grave, junto com o pênalti de Enzo Gutiérrez. Senti que as críticas tiveram falta de clareza e foram submetidas. Para mim, foram só duas jogadas polêmicas", disse em seu mea-culpa.
Apesar disso, ele foi eleito o melhor árbitro sul-americano daquele ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário