sábado, 31 de outubro de 2015

Álcool ou gasolina? Conta simples ajuda a escolher o mais barato

Preço dos combustíveis aumentou no Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil (7/11/2014)

No final de setembro, a Petrobrás informou que iria aumentar o valor da gasolina e do diesel em postos de combustível de todo o país. Menos de um mês depois do anúncio, o aumento de 6% e 3%,respectivamente, já chegou aos principais estabelecimentos, e o consumidor está sendo obrigado a gastar mais para abastecer o carro. Assim, é melhor fazer a escolha certa entre gasolina e etanol na hora de encher o tanque.
Com o mercado produzindo cada vez mais carros com a tecnologia Flex, que permite o uso de álcool e/ou gasolina, quem chega até o posto precisa fazer uma verdadeira escolha. Se por um lado o derivado do petróleo é mais caro, por outro ele rende mais do que o álcool. Com esses fatores, a dica é usar a matemática para optar pelo que sai mais em conta.
Optar pelo álcool compensa apenas se o preço do litro custar até 70% do valor da mesma quantidade de gasolina. Para chegar a este índice, é preciso dividir o valor do litro do etanol pelo valor do litro da gasolina. Se o resultado desta conta resultar em um número maior do que 0,7, é melhor escolher abastecer com gasolina. Se for menor, aí a melhor opção é mesmo o etanol.
Por exemplo, se a gasolina custar R$ 2,90 por litro e a mesma quantidade de álcool estiver sendo comercializada à R$ 1,90, o motorista deve ficar com o etanol, já que, pela conta, o custo para esse combustível será inferior a 70% do valor da gasolina (1,9/2,9 = 0,65). No entanto, se os valores praticados pelo posto forem de R$ 3,50 e R$ 2,50 respectivamente, a economia só poderá ser gerada com o uso do etanol (2,5/3,5 = 0,71).
Alta nos preços
De acordo com Luciano D’Agostini, economista e membro do Conselho Federal de Economia, a alta nos preços dos combustíveis no Brasil tem relação direta com a crise que a Petrobrás atravessa, já que a empresa está endividada, especialmente no momento atual, em que a moeda americana está muito valorizada perante ao real.
“Existe uma correlação entre a dívida e o aumento recente da gasolina. A Petrobrás captou muito dinheiro para realizar suas operações e o reajuste servirá para apaziguar a conta”, afirma. E o profissional ainda tem uma previsão nada otimista para 2016: “Novos aumentos vão ocorrer no começo do ano. O consumidor deve se preparar”, complementa

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