domingo, 22 de março de 2015

Líder, Sport ignora mando do Náutico e vence clássico com baixo público

Sport bateu o Sampaio Corrêa e foi às quartas de final


Os rivais Náutico e Sport vivem situações distintas na zona de classificação para as semifinais do Campeonato Pernambucano. Como prova disso, o Leão venceu o Timbu neste domingo, por 2 a 0, em uma esvaziada Arena Pernambucano que tinha mando alvirrubro.
Surpreendentemente, os resultados da rodada não alteram a situação das equipes no hexagonal do título. Dessa forma, o Sport alcançou a marca dos 24 pontos e segue na liderança, enquanto o Náutico permanece estacionado na quarta posição - a última que leva à semifinal -, com 10.
O jogo - Mesmo mandante na partida, a torcida do Náutico foi minoria dentre os 6.063 pagantes presentes na Arena, do início ao fim. Praticamente em casa no estádio quase vazio, o time rubro-negro tratou de levar perigo o mais rápido possível. Aos oito minutos, Ronaldo cruzou para a área e viu a zaga do Náutico se atrapalhar no corte, deixando a bola livre nos pés de Wendel. O volante, todavia, arriscou de primeira e errou o alvo.
Na marca dos 30 minutos, é possível que o Sport tenha lamentado ainda mais o gol perdido por Wendel, já que o atacante Joelinton subiu em uma dividida pelo alto com o zagueiro Diego, deu uma cotovelada no beque e recebeu o cartão vermelho direto, deixando o Leão com um a menos em um clássico pela segunda vez no ano - o atacante já havia sido expulso diante do Santa Cruz.
Em seguida, o nervosismo se instaurou em campo, atingindo até o árbitro. Após ser acuado pelo time do Sport, que reclamava da expulsão, o juiz Sebastião Rufino Filho tentou mostrar o amarelo para Diego Souza, mas se equivocou, atribuindo o vermelho ao meia. O erro foi rapidamente corrigido, reestabelecendo a ordem e dando origem à primeira grande chance do Náutico na partida, já aos 42 da etapa inicial, quando Guilherme deu o bote em Renê e tocou por cima do goleiro Magrão, acertando o travessão.
Se Wendel havia perdido a primeira chance do primeiro tempo, o volante fez questão de reescrever a história no segundo. Após cobrança de escanteio de Diego Souza, Wendel aproveitou a bobeada da zaga e testou no canto de Júlio César, que chegou a encostar na bola, mas não conseguiu evitar o gol inaugural.
Cinco minutos depois, o volante voltou a dar trabalho. Chamando a responsabilidade pelo lado rubro-negro, Wendel puxou um contra-ataque, saiu livre na cara de Júlio César e foi derrubado pelo lateral Guilherme. Cartão vermelho para o jogador do Náutico e equilíbrio numérico em campo.
Em sua segunda passagem pelo Náutico, Lisca costuma ser tratado com carinho pela torcida alvirrubra. Ainda assim, a substituição de Bruno Alves, aos 15 minutos, fez com que o treinador fosse alvo de gritos de "burro" vindos das arquibancadas.
Enquanto isso, do outro lado do clássico, a festa passou a reinar ainda mais absoluta após os 32 minutos, quando o zagueiro Durval fez uma belíssima jogada com direito a domínio no peito, corte na marcação e cruzamento preciso para Ewerton Páscoa, que só teve o trabalho de empurrar para a rede e selar a vitória do líder pernambucano sobre seu maior rival.
Simultaneamente, o Central venceu o Salgueiro em casa por 2 a 1. Os anfitriões abriram o placar aos 17 com o atacante Candinho, sofrendo o empate aos 34 após cabeçada de Rogério Paraíba. Na marca dos 38, entretanto, Candinho voltou a desequilibrar para o Central, firmando-se como o nome do jogo.

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