Apresentado como novo técnico do Fluminense nesta sexta-feira, o técnico Eduardo Baptista explicou o motivo de sua saída do Sport e disse que chega com fome para trabalhar no time carioca. O treinador já participou do seu primeiro treino, na Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), na Urca, ficando mais na observação da atividade comandada pelo auxiliar Marcão, e vai estrear neste sábado, contra a Ponte Preta, às 21h, em Campinas.
"Eu vim aqui pelo meu prato de comida, o Fluminense é o meu prato de comida. Eu tinha em Recife até uma conversa iniciada para um projeto no ano que vem. Então, eu deixei uma certa estabilidade em Recife e vim aqui para a oportunidade da minha vida. Deixei minha família no Recife e vim para cá sozinho para me entregar 24 horas. Minha vida é marcada por desafios, e esse talvez seja o maior deles. Minha fome é muito grande, e o que tiver a meu alcance será feito. Peço a Deus para que eu possa ser justo com os atletas, com o clube e que tudo corra bem", disse o treinador, que também foi questionado sobre qual o principal motivo que o deixar o clube pernambucano para assumir o Tricolor.
"O Fluminense tem uma filosofia muto parecida com a filosofia e a maneira de ver o futebol que eu tenho. Quando eu direcionei minha carreira de treinador, tracei um plano e sempre vi no Fluminense um pensamento de ter a base muito forte, equilíbrio, paciência maior com alguns meninos. Tudo isso está dentro do que penso no futebol. Não que o Sport não tenha isso. No Sport, eu disse que ia até o fim e senti que estava chegando o meu fim, Fui muto bem recebido aqui no Rio, conversei com o presidente, me senti à vontade para assumir um grande desafio. Estou feliz e honrado com essa oportunidade".
No mês de junho deste ano, em entrevista ao programa Bate-Bola, da ESPN Brasil, Eduardo tinha descartado sair do Sport, por ter um plano de carreira, e disse a seguinte frase: "Não tem dinheiro que pague isso".
O treinador de 45 anos assinou contrato até o fim de 2016 e será o quarto técnico do Fluminense neste ano, depois de Cristóvão Borges, Ricardo Drubscky e Enderson Moreira. Ele foi apresentado nesta sexta pelo presidente Peter Siemsen.
Eduardo chega às Laranjeiras com a missão de reverter uma situação crítica da equipe no segundo turno do Campeonato Brasileiro. O time carioca vem de uma sequência de resultados negativos e caiu na tabela e atualmente está na 11ª colocação, com 34 pontos. Apesar disso, o novo comandante tricolor demonstra confiança em brigar por uma vaga na Libertadores.
"Quando eu aceitei a proposta, eu não sairia do Sport para falar em rebaixamento. O Fluminense é um time que já bateu a vice-liderança. Nós vamos buscar. Vejo um espaço para G-4, e nós vamos. O Fluminense não pode falar menos que isso. Nós vamos buscar. Temos uma Copa do Brasil pela frente, vamos tentar elininar o Grêmio. Vamos brigar", afirmou o treinador, que também falou sobre a sua primeira impressão neste contato inicial com os atletas.
"Quando entrei aqui, vi uma equipe muito equilibrada, muito preocupada em mudar essa situação. Jogadores jovens motivados, os mais velhos motivados também e tentando dar apoio aos jovens. O que encontrei aqui já me deixa bastante tranquilo. O que tenho que fazer é justiça. O que apresentar melhor desempenho vai jogar. Começa zerado. Conheço todos os atletas aqui. Não vou querer mexer muito na equipe que o Enderson deixou agora, mas todo mundo vai poder ter chance de jogar. O jogador se escala, com postura. Vamos avaliar os melhores momentos de cada um".
Para a partida deste sábado contra a Ponte Preta, Eduardo Baptista terá mais três desfalques por problemas físicos: Jean e Gerson estão fora por causa de pubalgia e Vinícius sentiu dores no pé esquerdo. Além deles, o lateral Wellington Silva vai cumprir suspensão automática por causa do terceiro cartão amarelo.
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