Dunga em sua apresentação como técnico da seleção brasileira
A um mês de seu primeiro amistoso no retorno à seleção brasileira, Dunga já tem uma certeza: Neymar será o ‘cara' de seu time. Nesta segunda-feira, em entrevista ao jornal ‘Correio Braziliense', o treinador deixou isso ainda mais claro, comparando o atacante do Barcelona a Pelé.
"Se todos nós achamos que o Neymar é o nosso melhor, ele tem que jogar na posição dele. Os outros é que têm de se adaptar. Se eu tirar o Pelé da posição dele, aí o Pelé não vai jogar tão bem. Então, o Pelé tem que jogar na posição do Pelé. Os demais que precisam se adaptar", disse.
Dunga, que optou por não levar Neymar para a Copa do Mundo de 2010, também falou sobre o outro jovem que começava a despontar no Santos nos meses que antecederam o Mundial na África, Paulo Henrique Ganso. Para o técnico, o meia precisa mostrar seu talento no São Paulo.
"Depende somente dele. Se ele jogou no Santos com qualidade no início da carreira é porque tem esse potencial.
Cabe a ele reviver isso. Ele tem que se convocar. Depende do desempenho dele, da sequência de jogos e do trabalho coletivo no time dele", avaliou Dunga.
Na entrevista, o novo técnico da seleção brasileira repetiu o tom que tem adotado desde que foi anunciado pela CBF para substituir Luiz Felipe Scolari. Os pedidos por comprometimento e competitividade foram recorrentes, mas Dunga garantiu que não criará ‘cartilha' para isso.
"Isso não é regra, não é cartilha, é uma questão de boa conduta. O patrocinador paga, aí, na hora do gol, o cara levanta uma camisa. O cara pagou o ano todo para aparecer em uma hora boa e não aparece. Os jogadores passam, mas a instituição continua. Punir atraso não é rigidez. Um funcionário público ou privado não pode chegar atrasado. São regras de boa convivência. Tudo vai ter horário."
A reestreia de Dunga na seleção brasileira acontece no próximo dia 5 de setembro, contra a Colômbia, nos Estados Unidos. Apesar de o jogo ser amistoso, o técnico quer a vitória. "Sem vencer, tu não vives no futebol. No Brasil, amistoso não vale nada até você perder. Ai, começa a contar. Eu perdi para a Venezuela, e o mundo quase caiu na minha cabeça."
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