A Fifa descartou punição ao colombiano Zuñiga pela jogada que tirou Neymar da Copa do Mundo de 2014. O lance foi avaliado pela Comissão Disciplinar, que não encontrou nada em seu código que pudesse justificar uma suspensão ao defensor.
Segundo a Comissão Disciplinar, a punição não pode ser aplicada porque o lance não se enquadra nas regras previstas para as análises após as partidas.
Dessa forma, o lance não fugiu da atenção do árbitro, e também não foi mostrado cartão amarelo ou vermelho. A Comissão Disciplinar só poderia interferir se o lance não tivesse sido avaliado no momento pelo juiz.
Na jogada, Zuñiga acertou uma joelhada nas costas de Neymar durante o duelo entre Brasil e Colômbia pelas quartas de final, provocando fratura em uma das vértebras do atacante. Com isso, o brasileiro não terá condições físicas de atuar mais no Mundial, já que o prazo de recuperação é de até seis semanas.
A Fifa também rejeitou a liberação do zagueiro Thiago Silva para a o jogo desta terça-feira, às 17h, contra a Alemanha, no Mineirão. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) havia entrado com recurso para retirar o cartão amarelo que ele recebeu diante da Colômbia.
O jogador está suspenso por ter recebido o segundo cartão e será um sensível desfalque para o time de Luiz Felipe Scolari. A Comissão Disciplinar afirmou que não existe base legal para o cancelamento da advertência.
ESTRANHAMENTO
A CBF se posicionou contrária à Fifa por não punir o colombiano Zuñiga e por rejeitar o cancelamento do cartão amarelo dado a Thiago Silva. Por isso, a entidade pretende entrar com recurso para mudar as decisões.
Segundo o diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, a entidade respeita a decisão da Comissão Disciplinar, mas não concorda com o resultado da avaliação.
"A gente respeita a decisão, mas estranha. Como não punir o jogador? A Fifa está dizendo, então, que ele pode sair por aí dando joelhada em qualquer um", afirmou.
"É bem estranho esse entendimento. Vamos respeitar, como disse, mas vamos recorrer. Tanto dessa decisão quanto da decisão de rejeitar o cancelamento do cartão amarelo (Thiago Silva). O Suárez tomou toda aquela punição, por que não usaram o mesmo critério?"
A Comissão Disciplinar justificou a decisão de não punir Zuñiga pelo fato de o lance não ter fugido à atenção do árbitro. Assim, o juiz teve condição de, no mesmo instante, punir o defensor colombiano.
Sobre Thiago Silva, a Comissão Disciplinar não encontrou base legal para cancelar o cartão amarelo que deixou o zagueiro do Brasil suspenso para o jogo desta terça-feira, às 17h, contra a Alemanha, no Mineirão.
Thiago Silva recebeu o segundo cartão em um lance confuso. Ele entrou no raio de ação do goleiro colombiano Ospina, que tentava repor a bola em jogo com velocidade. Por retardar a jogada, o zagueiro foi advertido e ficou fora da semifinal.
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